Por luis.araujo

Brasília - Em protesto desde a última quarta-feira pela definição de uma tabela com valores mínimos para o frete no país, os caminhoneiros continuam neste sábado a fazer bloqueios em rodovias federais. De acordo com último balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), há nove pontos com interdições parciais ao longo de estradas federais: seis no estado do Mato Grosso e três no Rio Grande do Sul.

Segundo a PRF, desde às 4h30, caminhoneiros interditam parcialmente a BR 386, no quilômetro 145, no município de Sarandi, no Rio Grande do Sul. No estado ainda há registro de bloqueio parcial das BR 285 – no quilômetro 458, próximo à cidade de Ijuí – e BR 158, quilômetro 160, próximo a Panambi.

Já no Mato Grosso, os bloqueios dos caminhoneiros ocorrem em alguns trechos das BRs 163 e 364. As interdições estão sendo realizadas próximas aos municípios de Lucas do Rio Verde, Diamantino, Nova Mutum, Sorriso, Guarantã do Norte e Alto das Garças.

Segundo a PRF, desde às 4h30, caminhoneiros interditam parcialmente a BR 386, no quilômetro 145, no município de Sarandi, no Rio Grande do SulDivulgação

Em nota, o Ministério da Justiça informou que a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional de Segurança Pública e polícias estaduais estão de prontidão para garantir "o adequado fluxo de veículos nas rodovias."

Líderes dos motoristas reuniram-se na última quarta-feira com representantes do governo federal e empresários para reivindicar a aprovação de uma tabela de frete mínimo para o transporte de mercadorias. Os caminhoneiros alegaram que a medida traria mais proteção à categoria em casos de oscilação do mercado. A proposta não foi aceita pelo governo nem pelos empresários do setor.

Na avaliação do Palácio do Planalto, a definição de um valor mínimo para o frete é inconstitucional. Para tentar solucionar o impasse, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou na última sexta-feira, no Diário Oficial da União, uma resolução instituindo o procedimento para elaboração da tabela, que servirá apenas como referência para os custos de fretes.

Reportagem de Ivan Richard

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