São Paulo - Os professores da rede pública estadual voltaram a se reunir no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista, na tarde desta quinta-feira e decidiram, em nova assembleia, permanecer em greve. A Polícia Militar estimou a presença de mil pessoas no local, por volta das 16h desta quinta-feira.
Durante a assembléia, houve divergência quanto ao destino da caminhada que começaria em seguida: a votação ficou dividida entre a Marginal Pinheiros e a Praça da República, que acabou sendo escolhida. Mas os que votaram pela Marginal Pinheiros ficaram inconformados e bloquearam a passagem dos três caminhões de som.
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Houve um princípio de tumulto e parte dos manifestantes começou a caminhar para a Praça da República, enquanto outros permaneciam próximos aos carros de som. A polícia se limitou a observar o movimento, sem intervir na manifestação.
Além da manutenção da greve, os professores também votaram por uma nova assembleia na próxima sexta-feira (8), no vão livre do Masp. A categoria está em greve desde o dia 13 de março e a principal reivindicação é salarial: eles pedem aumento de 75,33%.
Na próxima semana, no dia 7, os professores têm uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça, a partir das 15h, segundo informou Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidente do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). No dia 13, uma reunião foi marcada pelo governo estadual para tentar encerrar a greve.
“Isso aqui é uma luta mesmo pela valorização dos professores. É uma luta pelo salário, pela qualidade da educação. Não tem nada de partidarização”, disse Bebel, negando que se trate de uma greve política, como tem dito o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
No protesto desta quinta-feira, alguns cartazes demonstraram apoio aos professores do Paraná, que sofreram com a repressão da polícia. Nesta quarta-feira, os policiais lançaram bombas e gás de pimenta nos educadores que faziam um ato no centro de Curitiba.
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