Por bferreira

Brasília - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, criticou ontem a possibilidade — em discussão na Câmara dos Deputados para a reforma política — de unificar as eleições. Tanto ele quanto o vice-presidente do TSE, Gilmar Mendes, observaram que a alteração “preocupa”.

Toffoli disse que, por “cautela”, prefere que o Supremo Tribunal Federal (STF), onde é ministro, espere a decisão final do Congresso sobre o financiamento das campanhas eleitorais. Ele fora questionado sobre qual o efeito da decisão da Câmara — que precisa ser mantida pelo Senado — de permitir que empresas doem apenas para partidos políticos enquanto o STF julga o caso.

Toffoli respondeu que as questões não são excludentes. “Uma coisa não exclui a outra, mas, sem dúvida, penso que é de cautela aguardar a deliberação do Congresso a respeito do tema”, afirmou,após solenidade no Senado em homenagem aos 70 anos de reinstalação da Justiça Eleitoral.

Para Toffoli, a unificação das eleições concentraria as demandas e processos em um único período. “Evidentemente que dilui a demanda, a cada dois anos tendo eleições. Por exemplo, as eleições de prefeitos em 2012 tiveram, entre prefeitos e vereadores, 535 mil candidaturas. A unificação pode elevar o número à casa de milhões”, disse. “Se recomenda, inclusive, essa separação (das eleições)”, diz Mendes.

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