Por victor.duarte

São Paulo - Os professores da rede estadual paulista decidiram em assembleia, nesta quarta-feira, continuar em greve por tempo indeterminado, após 83 dias sem trabalhar, na maior paralisação da categoria desde 1989, quando o movimento durou 82 dias.

Eles caminharam do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, onde ocorreu a plenária, em direção à Praça da República, onde fica a sede da Secretaria Estadual de Educação. Nesta assembleia, havia também a proposta de manter a paralisação em dias determinados de mobilização, como a decisão sobre o dissídio na Justiça.

Professores de São Paulo mantêm greve, que já é a mais longa desde 1989, quando durou 82 dias Foto%3A Taba Benedicto / Agência O Dia

A idéia, no entanto, foi rechaçada. Alguns professores temem que o movimento esteja começando a se esvaziar. “Hoje, mais gente votou pela suspensão da greve, mas a maioria ainda defende a continuidade”, avaliou Maria Izabel Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp).

Durante a assembleia, uma briga em frente ao carro de som tumultuou a plenária. Um grupo de professores que defendia a manutenção da greve entrou em confronto com outro grupo que, segundo eles, eram seguranças. Embora também tenha se referido ao grupo como seguranças durante a confusão, pedindo, ao microfone, que eles se retirassem, Izabel disse à imprensa que havia cometido um erro e que se tratava de conflitos entre professores.

A Apeoesp estima que 15 mil pessoas participaram da assembleia desta quarta-feira. A Polícia Militar, que acompanhou o protesto, calculou que 600 pessoas estiveram presentes.

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