Por felipe.martins

Rio - Em clima de muita emoção, foi enterrado ontem à tarde, em Belo Horizonte, o corpo do músico Fernando Brant. Um dos fundadores do Clube da Esquina, o jornalista, compositor e escritor morreu aos 68 anos por complicações após o segundo transplante de fígado. No enterro, família, amigos e fãs cantaram alguns dos maiores sucessos do compositor, como ‘Travessia’ e ‘Canção da América’. Palmas também marcaram a última despedida.

Ao lado do jazigo estava Milton Nascimento, um dos maiores parceiros musicais de Fernando. “Minha vida não seria tão linda sem a presença dele”, disse Milton. “Acho que a gente não deixou nada para falar um para o outro. O Fernando é uma das pessoas mais maravilhosas que eu conheci neste mundo”, afirmou o cantor. “A lembrança que eu tenho do Fernando é a lembrança de toda a minha vida.”.

Milton Nascimento se emocionou no enterro de Fernando BrantDivulgação

O corpo de Fernando Brant foi velado no saguão do Palácio das Artes, uma das casas de espetáculos mais conhecidas da capital mineira. “A gente perde um grande amigo porque chegou a hora da partida. Fica a perda para os amigos e para a família”, lamentou o músico Lô Borges. “Não tenho apenas uma lembrança dele, tenho milhões. Ele vai ficar comigo até eu morrer. Eu não vou vê-lo mais, é só isso, pelo resto da minha vida”, disse o músico Tavinho Moura.

JOSÉ MESSIAS

Também foi enterrado ontem, no Rio, o produtor musical José Messias da Cunha. Ele morreu na noite de sexta-feira, aos 86 anos, por falência múltipla dos órgãos. Messias teve um destaque expressivo na cultura artística brasileira durante várias décadas, desde a Era de Ouro do rádio e o início da televisão no país. Sua última participação na TV foi como jurado do Programa Raul Gil.

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