Estados Unidos - A presidenta Dilma Rousseff ficou em uma saia justa nesta terça-feira, durante uma entrevista coletiva nos Estados Unidos, com o presidente norte-americano, Barack Obama. Após uma reunião, os dois falaram aos jornalistas sobre parcerias comerciais entre os dois países. Repórteres aproveitaram para questionar os presidentes sobre o escândalo de corrupção na Petrobras, deixando Dilma em uma saia justa.
Ao ser questionada sobre o envolvimento de ministros no caso e se iria demiti-los, Dilma reafirmou que "é preciso comprovar todas as acusações antes de fazer qualquer demissão" e destacou que todos têm direito de se defender.
"Quem cometeu atos ilícitos será investigado pela Justiça. Todos serão punidos por possíveis casos contra a Petrobras, mas isso não envolve todos os funcionários da empresa", declarou Dilma.
"O governo brasileiro não tem acesso ao processo e, estranhamente, algumas pessoas tiveram acesso a uma lista e começaram a fazer acusações", destacou.
A presidenta reiterou que "o Brasil é uma democracia" e lembrou dos tempos da ditadura no país, destacando que uma das bases da democracia é o direito de defesa e o princípio de que quem acusa precisa provar o que está falando.
Já Obama, sempre habilidoso em sair de situações constrangedoras, tentou reverter a situação dizendo que iria "declinar da pergunta" e que não iria falar de "casos isolados".
"Eu não vou comentar termos que estão correndo na Justiça. Eu não conheço o processo e vou declinar da pergunta. Vou falar de maneira geral: o Brasil é um dos maiores parceiros na criação de um sistema de transparência e confiança das instituições. Espero que os dois países continuem nas parcerias nesse sentido, mas não vou comentar casos isolados", afirmou o presidente norte-americano, despistando os repórteres.