Por marcelle.bappersi

Mato Grosso do Sul - A primeira dama e uma servidora da prefeitura de Jaguari, Mato Grosso do Sul, foram presas nesta quinta-feira suspeitas por utilizarem dois cartões de aposentadoria de idosos. Cláudia Batista de Oliveira foi presa em flagrante, mas foi liberada 9 horas depois após pagar R$ 6.304 de fiança.

Cláudia vai responder o processo em liberdade por apropriação indébita e retenção do cartão magnético de conta bancária Reprodução Internet

Segundo a TV Morena, em 2 anos e 4 meses, a esposa do prefeito Vagner Gomes Vilela (PDT) e também secretária de assistência social do município sacou quase de R$ 24 mil da aposentadoria de um idoso de 88 anos. A outra mulher, diretora da Casa Lar, onde ficam os idosos, estaria com o cartão de um idoso de 77 anos há cinco meses, que recebe um salário mínimo. Ela foi liberada após pagar a fiança de 1 salário mínimo.

Segundo o delegado Antenor Batisita Júnior, a primeira-dama justificou que o idoso não tinha condições de se locomover, e informou que tinha o direito de administrar o benefício. Ela alegou que pagava a compra com a aquisição de medicamentos, vestimentas, alimentos e disse que todos os meses dava R$ 100 ou R$ 200 para idoso, o que foi negado pela vítima. O idoso está lúcido, segundo Batista.

A polícia apreendeu a quantia de R$ 10,8 mil, que seria parte do dinheiro das aposentadorias dos dois idosos.

O prefeito acredita na inocência da mulher e afirmou que é possível provar o que era feito com o dinheiro."Ela está ali para ajudar, a gente sempre esteve aí para ajudar. A gente tem a Casa Lar aqui, sempre a gente pegou nessas condições e ela estava com cartão na Assistência porque, inclusive em 2013, ela foi até a promotoria, pediu a orientação e falou: olha, você pode ficar com dinheiro e, ao mesmo tempo, faz a prestação de conta. A gente mostrou, inclusive, hoje na delegacia que ela tem toda a prestação de conta do que era feito com o dinheiro do aposentado", alegou o prefeito

Segundo o delegado que investiga o caso, Antenor Batista da Silva Júnior, a primeira-dama justificou a debilidade do idoso para dizer que tinha o direito de administrar o recebimento do benefício junto ao Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). O idoso está lúcido e tem problema apenas de locomoção, segundo Batista.

A primeira dama e a servidora foram indiciadas e vão responder ao processo em liberdade por crime e vão responder por apropriação indébita e retenção do cartão magnético de conta bancária relativo a benefícios.

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