Rússia - O vice-presidente Michel Temer (PMDB) voltou atrás, mudou o discurso e disse que a presidenta Dilma Rousseff (PT) irá terminar seu mandato em 2018. Na Rússia, ele afirmou que “ela está se recuperando cada vez mais e tenho certeza que terminará o mandato”. No começo do mês, Temer havia dito que era “difícil” de Dilma resistir a mais três anos e meio de governo com baixa popularidade.
O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos Mangabeira Unger pediu demissão do cargo. Era ocupou a pasta no governo Lula e teve o pedido de saída aceito por Dilma. A secretaria poderá ser extinta na reforma ministerial que a presidenta deverá deslanchar a partir da semana que vem.
Em encontro com jornalistas em Moscou, o vice-presidente disse que Dilma está se recuperando. “A presidenta está se recuperando cada vez mais e tenho certeza que terminará o mandato”, disse Temer, após visita ao Pavilhão Brasileiro no World Food Moscow. Ele comentou os cortes no Orçamento anunciados pelo governo e disse que eles “serão um bom passo”.
A declaração de Temer no começo de setembro, de que Dilma não terminaria o mandato, repercutiu mal no governo. Ele chegou a divulgar um comunicado repudiando as teorias de que ele estivesse agindo como conspirador para liderar um impeachment da presidenta.
Maior prazo para ajuste
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu prazo de dez dias úteis para que o advogado Hélio Bicudo faça ajustes no pedido de impeachment que ele apresentou contra a presidenta Dilma Rousseff. Um dos fundadores do PT, mas que rompeu com o partido depois do escândalo do mensalão em 2005, Bicudo apresentou o pedido em 1º de setembro.
A oposição deverá usar o documento de Bicudo como base para tentar levar adiante o impeachment de Dilma na Câmara. Assessores legislativos informaram que o prazo de dez dias é padrão para todos os pedidos de impeachment.
Estão pendentes de decisão hoje na Câmara 13 pedidos de impeachment _ entre eles, o de Hélio Bicudo e o apresentado por representantes do Movimento Brasil Livre (MBL). No início da agosto, Cunha arquivou quatro outros pedidos, apresentados no primeiro semestre.
