Por fernanda.macedo

Brasília - O Brasil lamentou o incidente em Mina, perto de Meca, que deixou mais de 700 pessoas mortas e 805 feridas nesta quinta-feira após um tumulto, durante um dos rituais da peregrinação anual dos muçulmanos.

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“O governo brasileiro expressa seu profundo pesar pela tragédia que, no dia de hoje, vitimou centenas de fiéis durante as celebrações do Hajj, em Meca, e apresenta suas sentidas condolências aos familiares das vítimas, ao governo e ao povo sauditas, e se solidariza com a grande comunidade islâmica em todo o mundo”, informou, em nota, o Ministério das Relações Exteriores.

Segundo o Itamaraty, não há registro até o momento de vítimas brasileirasEfe

Segundo o Itamaraty, a Embaixada do Brasil em Riade não tem registro até o momento de vítimas brasileiras. O ministro da Saúde saudita,  Khaled Al Faleh, atribuiu o tumulto, que causou mais de 700 mortos, à falta de disciplina dos peregrinos, que têm tendência, segundo ele, a ignorar as instruções dos responsáveis pela peregrinação.

“Se os peregrinos tivessem seguido as indicações, teríamos podido evitar este gênero de acidente”, declarou Khaled Al Faleh à televisão pública El-Ekhbariya, depois de ter ido ao local da tragédia, a pior nos últimos 25 anos.

“Numerosos peregrinos movimentam-se sem respeitar os horários determinados pelos responsáveis da gestão dos ritos”, disse o ministro, acrescentando ser essa “a razão principal deste tipo de incidente”.

O Irã, que perdeu 43 cidadãos no tumulto, atribuiu a tragédia a falhas no dispositivo de segurança saudita. O ritual do Hajj está entre os cinco pilares do islamismo, e todos os muçulmanos deverão fazer a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.

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