Por gabriela.mattos

Brasília - Um dia depois de demitir Arthur Chioro da pasta da Saúde por telefone, a presidenta Dilma Rousseff dispensou o ministro Janine Ribeiro da Educação. Em dez meses, será a terceira vez que a pasta de Educação terá um novo nome.

Dilma demite ministro da Educação, Renato Janine RibeiroEBC

Antes de Janine, quem comandava o ministério era Cid Gomes, ex-governador do Ceará. O ministro Aloizio Mercadante deixará a Casa Civil para assumir o posto. Na dança das cadeiras promovida por Dilma na Esplanada, a Casa Civil deverá ser ocupada por Jaques Wagner, hoje ministro da Defesa.

A troca atende a pressões do ex-presidente Lula e do PMDB. A substituição de Mercadante por Wagner busca atender principalmente o PT, que será a legenda que mais perderá ministérios na reforma ministerial programada para ser anunciada hoje. Wagner tem o apoio de Lula e tem melhor trânsito dentro do partido do que Mercadante.

Já o PMDB, partido que vinha pedindo a saída de Mercadante, vai ampliar sua participação de seis para sete pastas na nova Esplanada dos Ministérios.

Com o objetivo de reduzir o tamanho do governo, Dilma também definiu que a nova Secretaria de Governo, a ser comandada pelo petista Ricardo Berzoini, vai englobar a Secretaria das Micro e Pequenas Empresas, o Gabinete de Segurança Institucional e a Secretaria Geral, todos atualmente com status de ministério. A relação com os movimentos sociais, hoje de responsabilidade da Secretaria Geral, será transferida para o novo Ministério da Cidadania, que deverá ser comandado pelo petista Miguel Rossetto.

Lula defende reforma

Em reunião com a Executiva do PT, em São Paulo, o ex-presidente Lula afirmou que a presidenta Dilma Rousseff deveria ter colocado em prática a reforma ministerial atual em novembro do ano passado, na montagem da equipe do segundo mandato.

Lula irá se encontrar hoje com a presidenta para tratar dos últimos detalhes da reforma ministerial. Ele vai defender que Dilma adote um discurso de que as mudanças não são um caminho para evitar o impeachment e sim uma nova fase do governo para superar a crise.

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