Por gabriela.mattos

São Paulo - O prefeito Fernando Haddad sancionou a lei que proíbe o aplicativo Uber, em São Paulo, na tarde desta quinta-feira. Além disso, uma nova categoria será lançada na cidade: o táxi preto.

O anúncio foi feito, primeiramente, pelo secretário Rodrigo Pirajá, da São Paulo Negócios. Já o prefeito falou sobre a possibilidade de uma liminar da Justiça ser expedida em favor do Uber. "Cabe ao Estado a regulamentação sobre esse serviço. Esse é o nosso entendimento e levaremos até o Supremo Tribunal Federal se for preciso. Não vamos deixar a clandestinidade tomar conta de São Paulo", afirmou.

Grupo de taxistas fazem manifestação em frente a prefeitura de São Paulo nesta quinta-feiraNicolas Iory / IG

Com relação à nova categoria, serão cinco mil alvarás num primeiro momento, sendo 25% deles reservados para mulheres e disponibilizados com prioridade para os que já trabalham no ramo. Esse serviço não poderá circular nas faixas exclusivas e o preço da corrida poderá ser até 25% superior ao do táxi comum.

Além disso, o novo modelo só poderá ser requisitado por meio de aplicativo. Também será possível visualizar antecipadamente quanto a corrida irá custar. Segundo Pirajá, a categoria não irá concorrer com os táxis chamados nas ruas. O edital será lançado em até 60 dias e os alvarás serão sorteados pela Caixa Econômica Federal entre aqueles que manifestarem interesse e já possuírem o Condutáxi – habilitação para prestar o serviço de táxi.

Contra o serviço do Uber, taxistas protestam em frente a porta da prefeitura de São Paulo. O grupo, que tenta entrar no edifício e estão sendo impedidos pela Guarda Civil Metropolitana, estão soltando rojões e tocando cornetas no Viaduto do Chá, no centro da capital paulista.

Mais da metade dos paulistanos é favorável ao Uber

Apesar da polêmica que levantou entre categorias de motoristas de táxi, aplicativos de corrida compartilhada como o Uber são amplamente apoiados pela população de São Paulo, aponta pesquisa divulgada pela Agência Cause, nesta quarta-feira.

O balanço é colocado a público no dia em que a prefeitura paulistana anunciou mudanças nas regras da cidade em relação ao transporte de passageiros, inclusive a sanção do projeto de lei que proíbe a remuneração de motoristas não regulamentados pelo poder público – atual modelo de funcionamento do aplicativo.

Com entrevistas feitas pessoalmente com 1.981 eleitores com idade acima de 16 anos, o levantamento mostra que 51,7% dos paulistanos são contra a possibilidade de apenas taxistas serem autorizados a fazer transporte individual de passageiros na cidade. Do total, 14,9% não souberam responder à questão e 33,4%, discordam do ponto. 

O número de favoráveis ao aplicativo é ainda maior quando separado por faixa etária. Entre aqueles com entre 16 e 24 anos, 56,1% são favoráveis a outros modais fora o táxi para esse transporte; os com faixa entre 25 e 39 anos, o número cai para 55,4%; chegando a 50% entre os de 40 a 59 anos; e a 41,2% entre os de mais de 60 anos.

Fonte: IG

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