Por clarissa.sardenberg

Brasília - O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra morreu na madrugada desta quinta-feira, aos 83 anos, no Hospital Santa Lúcia, em Brasília. Ustra estava internado para se submeter a quimioterapia em um tratamento contra o câncer. Em abril deste ano, ele já havia sido internado por causa de um infarto, segundo o "Correio Braziliense". O ex-coronel foi chefe do órgão de repressão durante a ditadura militar.

Brilhante Ustra voltou a ser lembrado em maio de 2013 por negar em depoimento à Comissão da Verdade que tivesse cometido crimesWilson Dias / ABR

Brilhante Ustra voltou a ser lembrado em maio de 2013 por negar em depoimento à Comissão da Verdade que tivesse cometido crimes quando presidiu oDestacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi) paulista.

Ele causou polêmica dizendo que apenas "combatia o terrorismo" e negou mortes por torturas, dizendo que todas foram "em combate nas ruas".

O militar nasceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 28 de julho de 1932. Ele presidiu o Doi-Codi do II Exército, órgão de repressão da ditadura militar (1964-1985), entre 1970 e 1974. Somente em 2008, Brilhante Ustra foi reconhecido como torturador pela Justiça.

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