Por gabriela.mattos

Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, relator do processo da Operação Lava Jato, rejeitou nesta sexta-feira o pedido feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que os documentos referentes ao novo pedido de inquérito contra ele sejam protegidos por sigilo. A informação deverá ser divulgada ainda nesta tarde pelo STF.

Os extratos bancários, faturas de cartões de crédito, entre outros documentos que revelam as movimentações da mulher de Cunha, a jornalista Cláudia Cruz, e de sua filha Danielle Cunha, recebidos do Ministério Público da Suíça, foram remetidos pela Procuradoria Geral da República (PGR) sem qualquer indicação de sigilo.

Além de ter os extratos divulgados, Eduardo Cunha e seus familiares podem sofrer ainda um novo bloqueio e sequestro de dinheiro nas contas da SuíçaAgência Brasil

O sigilo foi pedido pela defesa do presidente da Câmara, representada pelo advogado e ex-­procurador Antonio Fernando de Souza. Ele alegou que a imagem de Cunha está sendo exposta na imprensa sem que ele tenha acesso ainda aos dados, e que a divulgação violam a dignidade dele e de sua família.

Além de ter os extratos divulgados, Cunha e seus familiares podem sofrer ainda um novo bloqueio e sequestro de dinheiro nas contas da Suíça. A medida já foi pedida pela PGR. O Ministério Público da Suíça chegou a bloquear 2,469 milhões de francos suíços – aproximadamente R$ 9,6 milhões – de Cunha e de Claudia, sendo 2,3 milhões de francos suíços do deputado (cerca de R$ 9 milhões). 

Fonte: IG

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