Por felipe.martins

Rio - Subiu para 25 o número de pessoas desaparecidas em Mariana (MG), após o rompimento das barragens da mineradora Samarco. A nova listagem foi divulgada neste sábado à tarde pelo prefeito da cidade, Duarte Júnior (PPS). Ele afirmou que 13 pessoas trabalhavam na Samarco e nove são moradores do distrito de Bento Rodrigues, devastado com o acidente. Os outros três são dos distritos de Pedras e de Camargos. As primeiras informações davam conta de que 19 pessoas estavam desaparecidas, entre elas, três crianças. A lista desses nomes foi divulgada ontem pela prefeitura.

A Samarco informou que alocou 557 pessoas em hotéis e pousadas da região. A empresa monitora a barragem de Germano, também em Mariana, e diz que não há risco de rompimento. O delegado regional Rodrigo Bustamente instaurou inquérito policial e a investigação deverá ser encaminhada à Delegacia Especializada de Meio Ambiente.

Algumas cidades já cogitam suspender o fornecimento de água assim que a lama atingir rios e córregos. Moradores do distrito ainda encoberto tentam voltar para suas casasEfe

Sismólogos, engenheiros, peritos e autoridades do governo de Minas Gerais investigam se um tremor de terras, de 2.6 de magnitude, teria causado o rompimento das barragens de Fundão e de Santarém na última quinta-feira. Um volume equivalente a quase 25 mil piscinas olímpicas de lama foi despejado na região. A mineradora garantiu que não há nada tóxico nos 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro liberados no acidente. Especialistas afirmam que, apesar de não apresentar riscos à saúde humana, o material trará danos ambientais que podem se estender por anos.

O “tsunami de lama” destruiu centenas de casas, arrastou carros e caminhões e deixou ao menos um morto. A vila, que tem 121 casas e 492 moradores, segundo o IBGE, foi totalmente inundada pela lama. O avanço da lama em um raio de mais de 100 km deixou de prontidão 15 cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo, que são abastecidas pela bacia do Rio Doce. Há risco de enchente e de desabastecimento de água, segundo a avaliação do Serviço Geológico do Brasil, do Ministério de Minas e Energia, que teme um impacto de grandes proporções. 

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