Por clarissa.sardenberg
Minas Gerais - Há um mês do rompimento da barragem Fundão, em Mariana, Minas Gerais, a mineradora Samarco ainda não apresentou planos de contingência de outras duas barragens da empresa na cidade que estão sob risco de romper, Germano e Santarém. A exigência do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) era que a empresa entregasse os planos de emergência para o caso de rompimento dessas barragens até esta sexta-feira.

A empresa controlada pela brasileira Vale e a australiana BHP Biliton, pediu mais tempo ao MP e deve pagar R$ 1 milhão por cada dia de atraso na apresentação do documento.

Veja fotos: Manifestantes protestam contra Vale em Londres

Rompimento da barragem em Mariana levou toneladas de lama para rios de Minas e do Espírito Santo%2C destruindo a fauna e flora da regiãoEFE

Foi exigido pela Justiça que a mineradora faça um plano de contenção de barragens, além de um plano de emergência que preveja as consequências de um possível rompimento. A Samarco também deve listar as ações concretas a serem adotadas pela empresa caso um novo desastre aconteça.

As barragens da Samarco passaram por avaliação técnica, determinada pelo MPMG. De acordo com os laudos, as estruturas remanescentes na Mina do Germano não apresentam segurança satisfatória. 
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Famílias desabrigadas

A Vale anunciou nesta sexta-feira que todas as famílias desabrigadas após o acidente em Mariana (MG) estarão em casas alugadas até o Natal. O rompimento da barragem de Fundão completa hoje um mês com parte das famílias ainda hospedadas em hotéis.

Lama de barragem que se rompeu em Minas avança sobre o mar no Espírito Santo Divulgação/ Paulo de Araújo/Ministério do Meio Ambiente

“Esperamos que até o Natal todas as pessoas estejam vivendo em casas permanentes, deixando os hotéis onde estão hoje”, disse o diretor financeiro da empresa, Luciano Siani. A Vale divide o controle da Samarco com a BHP Billinton.

Segundo ele, esta semana 20 famílias já foram transferidas pela Samarco para casas alugadas. O executivo não informou, porém, quantas famílias ainda esperam novas residências.Os desabrigados estão recebendo da Samarco um salário mínimo mais 20% para cada dependente, além de uma cesta básica.

*Com informações da Agência Brasil 
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