Por karilayn.areias
Brasília - Com 39 integrantes, a chapa 2 - Unindo o Brasil, formada em sua maioria por deputados da oposição e dissidentes da base aliada, venceu nesta terça-feira a votação para compor a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.  A chapa recebeu 272 votos, enquanto a chapa 1, formada por deputados indicados pelos líderes da base governista, obteve 199 votos. A votação foi secreta.
Deputados reunidos pouco antes do resultado da votaçãoReprodução/TV

A comissão deverá ter 65 membros titulares e 65 suplentes. As vagas remanescentes, que não foram ocupadas pela chapa vencedora, serão preenchidas em nova votação, que deverá ocorrer amanhã (9). Faltam escolher 26 deputados titulares e 42 suplentes. 

O bloco encabeçado pelo PMDB tem ainda quatro vagas de titulares e 14 de suplentes para serem ocupadas. O bloco liderado pelo PT terá que preencher ainda 15 vagas de titulares e 17 de suplentes. O bloco da oposição, liderado pelo PSDB, que organizou a chapa vencedora junto com outros partidos da oposição e insatisfeitos com a composição da chapa 1, terá de preencher uma vaga de titular e cinco de suplentes.

Sessão da Câmara sobre impeachment de Dilma tem briga, bate-boca e depredação

O início da sessão da Câmara que decidiu quem serão os integrantes da comissão especial que vai analisar o impeachment da presidente Dilma Rousseff teve muita confusão. Além das já costumeiras discussões entre situação e oposição, houve empurra-empurra e algumas cabines montadas para a votação foram danificadas. A polícia parlamentar foi chamada para acalmar os parlamentares.

Deputados batem boca na tentativa de interferir na escolha dos nomes que farão parte da comissão que decidirá sobre o impeachment de DilmaAgência Câmara

Deputados de oposição e governistas chegaram a bater boca em Plenário durante a votação.Parlamentares teriam quebrado máquinas de votação. Os deputados de oposição defendiam a votação secreta, enquanto os governistas queriam o voto aberto e chegaram a recorrer ao Supremo Tribunal Federal para garantir a transparência do voto.

Início da votação

Após tentativas de impedir a votação nas urnas dispostas em cabines de votação, líderes partidários governistas tentaram convencer o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a suspender a votação da chapa para compor a comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O número de cabines foi reduzido porque algumas foram quebradas durante o protesto.
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Pouco antes, os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Pereira da Silva (SD-SP) discutiram e foram contidos por colegas. A comissão será formada por 65 integrantes, e as chapas devem ter o número mínimo de 33 integrantes. As vagas não indicadas na chapa vencedora serão preenchidas posteriormente com candidaturas de deputados pertencentes ao partido ao qual cabe a vaga.