Por felipe.martins, felipe.martins
São Carlos - Uma pastilha para exterminar as larvas do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, o zika vírus e a chikungunya, começará a ser distribuída, a partir de janeiro, em São Carlos, a 230 quilômetros da capital paulista.  A distribuição da pastilha de larvicida será gratuita e em pontos de possíveis criados do mosquito. São Carlos é a primeira cidade de São Paulo a testar o produto.
O município viveu uma epidemia no início de 2015 com mais de 17 mil casos e quatro mortes. De julho até agora já são 38 casos confirmados e 719 notificações. O novo método de combate ao transmissor da dengue foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que conseguiram identificar uma bactéria capaz de atacar o mosquito.
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A bactéria é solta nos possíveis criadouros e ataca as larvas, matando grande parte instantaneamente. “Nas primeiras cinco horas, as bactérias matam 50% das larvas e nos dias seguintes matam o restante das larvas dos criadouros”, disse Euclides Matheucci Jr, pesquisador e professor na área da biotecnologia da UFSCar.
Segundo ele, a pastilha ainda apresenta uma tecnologia molecular capaz de identificar qual doença o mosquito pode transmitir. “É uma prévia para você poder enxergar o inimigo e não apenas os efeitos que ele causa”, explicou o pesquisador. Cerca de 30 mil crianças do ensino fundamental, que receberam capacitação por meio de um programa sobre a dengue, vão ajudar a distribuir as pastilhas nos quintais e em pontos estratégicos, onde aparecem mais mais casos de criadouros.
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São Carlos foi a primeira cidade paulista a ser escolhida por não ter um alto fluxo de turistas.