Por bferreira
Brasília - A pouco mais de dois meses da convenção nacional do PMDB, que poderá alterar o o comando do partido, o vice-presidente Michel Temer fez ontem um apelo pela união da bancada peemedebista na Câmara. Presidente nacional do PMDB e candidato à reeleição, Temer pediu aos deputados federais que não dividam a bancada entre governistas e não governistas.
Temer se reuniu com deputados federais para tratar da sucessão na liderança do PMDB na CâmaraDivulgação

O receio de Temer é de que um racha no processo de escolha do líder da sigla na Câmara, marcado para fevereiro, possa gerar novo conflito entre as bancadas do partido de Minas Gerais e do Rio, fortalecendo movimentos que articulam a saída do vice-presidente do comando do PMDB.

No encontro, Temer pediu um esforço pela unidade do partido e defendeu que ela chegue a um consenso sobre a escolha do novo líder para evitar que a bancada peemedebista saia do processo ainda mais fragilizada.

Aliado do Palácio do Planalto, o deputado Leonardo Picciani (RJ) é candidato à reeleição na liderança do PMDB da Câmara. Mas a ala dissidente, pró-impeachment de Dilma Rousseff, defende que a liderança fique a cargo de um peemedebista de Minas Gerais.
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A candidatura de Picciani ganhou um reforço ontem com a posse do deputado Átila Nunes (PMDB-RJ). Em meio à briga pela liderança do PMDB, Átila Nunes teve que recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir tomar posse como suplente na vaga aberta pela licença do deputado Ezequiel Teixeira (PMB-RJ).
Sob o argumento de que Nunes teria que abrir mão de seu mandato de vereador, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se negou a empossá-lo. Em decisão liminar, o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, assegurou a Nunes o direito de ser empossado.
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Com o feriado do Carnaval, a eleição do novo líder deve ser realizada na segunda ou na terceira semana de fevereiro.