O documento é parte de um conjunto de anotações de Cerveró que orientaram sua delação premiada. A anotação não dá detalhes de quem recebeu a propina dentro do governo brasileiro. Em 2002, a petrolífera argentina vendeu 58,62% das ações para a Petrobras por US$ 1,027 bilhão.
Nas redes sociais, o ex-presidente Fernando Henrique negou as informações de Cerveró. “Não tenho a menor ideia da matéria. Na época o presidente da Petrobrás era Francisco Gros, pessoa de reputação ilibada e sem qualquer ligação político-partidária. Afirmações vagas como essa, que se referem genericamente a um período no qual eu era presidente e a um ex-presidente da Petrobras já falecido, sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação”, escreveu FHC.
A delação de Cerveró foi homologada recentemente e segue em segredo de Justiça. Nela, Cerveró cita possíveis pagamentos de propina aos senadores Renan Calheiros (PMDB), Jader Barbalho (PMDB), além de Delcídio do Amaral.
Bumlai vai para hospital
Responsável pela Lava Jato, o juiz federal Sergio Moro autorizou a transferência do pecuarista José Carlos Bumlai, preso desde novembro, para o hospital Santa Cruz, em Curitiba. Ele será submetido a exames de urina e tomografia computadorizada. Segundo a defesa, Bumlai vem apresentando sangramento na urina desde antes de sua prisão e só não se submeteu a exames médicos porque foi detido. Os exames deverão ser realizados nesta terça-feira.