Por lucas.cardoso
São Paulo - Um grande vazamento de gás, seguido de pequenos incêndios, liberou uma nuvem tóxica que atingiu o litoral do Guarujá e de Santos, em São Paulo. Até o início da noite, 39 pessoas já haviam procurado atendimento médico em hospitais da região com irritação nos olhos e problemas respiratórios. O vazamento ocorreu no meio da tarde no pátio de cargas da empresa Localfrio, de armazenagem de contêineres, no Guarujá.
Segundo a assessoria de imprensa da empresa, houve, por volta das 15h30, uma reação química entre um produto conhecido como ácido dicloroisocianurato de sódio, que estava armazenado, e água da chuva, que invadiu o contêiner, causando a fumaça.
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O ácido dicloroisocianúrico de sódio é um composto utilizado na produção de desinfetantes. Segundo o professor de Química e Meio Ambiente do Mackenzie, Rogério Aparecido Machado, trata-se de uma substância “muito reativa e tóxica”.
A fumaça chegou a Santos e foi vista a quilômetros de distância. Moradores do Guarujá relataram que a fumaça provocou náusea e dores de cabeça.
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As vítimas foram atendidas em UPAs próximas ao acidente e receberam tratamento com inalação de soro e lavagem ocular com soro. Os casos mais graves de bronquite ou asma foram tratados com corticoides. Ninguém corria o risco de morrer.
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou que um incêndio ocorrido posteriormente ao vazamento de gás atingiu outros 12 contêineres. Segundo a Codesp, as manobras de entrada e saída de navios para o terminal de contêineres foram suspensas.
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