Por rafael.souza
São Paulo - O incêndio que atingiu o terminal de cargas no Porto de Santos, em Guarujá, foi controlado, de acordo com informações do Corpo de Bombeiros. Segundo o órgão, há apenas dois contêineres pegando fogo no local. 

Os bombeiros disseram que "os contêineres estão em resfriamento em todo o período, mas ainda há fogo". A instituição afirmou que é "difícil prever quando eles vão acabar". Vai depender muito da abertura de cada um dos contêineres e o produto que encontraremos, pois cada um tem uma forma de agir", contou Rafael Marques, tenente do Corpo de Bombeiros.

Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Estado confirmaram o vazamento de produto químicoReprodução IG

O vazamento de dicloroisocianúrico, seguido de incêndio, começou por volta na tarde da última quinta-feira. Ao menos 30 contêineres refrigerados que armazenavam produtos químicos foram atingidos pelo fogo. Dezenove horas após o começo do fogo, havia 25 contêineres ainda em chamas.

Nesta etapa, eles se concentram em fazer o resfriamento externo para depois iniciar o combate ao fogo em cada um desses contêineres. A expectativa da corporação é que o combate ao incêndio se estenda ao longo do dia.

Intoxicação
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Segundo a prefeitura, foram feitos 75 atendimentos em Guarujá, e seis em Santos, em virtude de intoxicação com os gases. Não foi registrado nenhum caso mais grave, apenas uma idosa de 66 anos, moradora de Santos, continua internada. A orientação à população é que evite contato com a fumaça tóxica emitida pelo incêndio. Em caso de tontura, náusea ou ardência nos olhos e vias nasais, procurar imediatamente o serviço de saúde.
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ao lado da rodoviária, Alessandra Rodrigues Cotia, auxiliar de enfermagem, de 38 anos, acompanhava o filho de 11 anos, que tem alergia respiratória. Alessandra mora próximo ao terminal, no distrito de Vicente de Carvalho, onde uma nuvem de vapores domina o ambiente e preocupa os moradores.
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O garoto apresenta tosse seca, irritação na garganta, dor de cabeça e vômito. “Ele já estava mal há dois dias, mas depois do que aconteceu agravou. Hoje já resolvi trazer ele aqui, porque ele não fica com nada no estômago. Ele fez exames, inalação e recebeu medicação”, disse a mãe.
Marcos Santos Ferreira, gerente de um posto de gasolina em frente ao terminal, disse que ontem, no final da tarde, os comerciantes fecharam as portas mais cedo. Ele conta que a coluna de fumaça era levada pelo vento para a cidade de Santos e o distrito de Vicente de Carvalho. “Hoje parou a chuva, e o vento começou a trazer para cá [Guarujá]. Parece que dissipou para a cidade inteira. Ontem não estava tão denso, parece que a fumaça desceu”.