Rio - Deputado federal e ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous (PT) classificou a condução coercitiva de Lula de "sequestro perpetrado pela Polícia Federal a mando do juiz Sérgio Moro". Segundo ele, não havia motivo para a condução forçada do ex-presidente, já que ele nunca se recusara a depor.
Para o parlamentar, a operação deflagrada nesta manhã é um "golpe praticado por grandes meios de comunicação e por um obscuro juiz do Paraná".
Damous disse também que não há, nos autos da Operação Lava Jato, qualquer ligação entre imóveis que seriam de Lula (o apartamento no Guarujá e o sítio em Atibaia) com o pagamento de propinas relacionadas ao caso Petrobras.
Para ele, Moro, com a operação de hoje, quer "constranger" o Supremo Tribunal Federal a manter com o Ministério Público Federal do Paraná a investigação sobre os dois imóveis.
Semana passada, a defesa do ex-presidente pediu ao STF que definisse a competência para a apuração do caso do apartamento e do sítio - há também uma investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo.
O deputado embarcou há pouco para São Paulo. Lá, tentará acompanhar o depoimento de Lula, que foi para a PF com o também deputado e advogado Paulo Teixeira (PT-SP).
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