Casais se unem em busca da aprovação nos concursos
Relacionamentos unidos pelos mesmos objetivos podem cumprir papel motivacional
Por nara.boechat
Rio - No Dia dos Namorados, enquanto a maioria dos casais vai se encontrar para comemorar, alguns deles vão celebrar a data na companhia dos livros. Para estes, a aprovação nos concursos públicos é o principal objetivo e o relacionamento funciona como um fator motivacional.
É o caso dos psicólogos Christiane Blume e Rodrigo Mattos Cardoso, 32, que estão juntos há dez anos e se preparam para concursos há aproximadamente três. A maratona de estudos começou quando Christiane decidiu fazer o concurso para o Banco Central e sugeriu que Rodrigo se unisse a ela . “Tínhamos muita vontade de ficar juntos, construir uma vida e ter boa renda para realizar nossos sonhos”, conta ela.
Respeito é fundamental
Para o especialista em concursos Abel Mangabeira, é comum uma das pessoas na relação influenciar a outra. Para ele, estudar com o par pode ser positivo. “As maiores dificuldades que o candidato enfrenta não são de conteúdo, mas de caráter emocional. Por isso, estar com a pessoa amada nessa jornada é muito benéfico”, explica.
Além disso, quando os dois lados estão unidos por um mesmo objetivo, as brigas são menores, alega Rodrigo. “Existe uma compreensão mútua, pois um sabe o que o outro está passando”. Christiane concorda e afirma que a maior vantagem é o apoio psicológico.
De acordo com a psicóloga Aline Cataldi, respeito é fundamental em qualquer relação, principalmente quando as duas pessoas estudam juntas. “É importante que o respeito seja preservado, que não haja muita pressão e que um entenda o ritmo e o tempo do outro para a aprendizagem”. É preciso, ainda, que ambos tenham em mente que será preciso renunciar a momentos de lazer em nome da preparação e que, em horas de desânimo, um precisa incentivar o outro.
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Não é necessário estudar juntos
Mesmo os casais que se preparam para o mesmo concurso não precisam, necessariamente, estudar juntos. Para a psicóloga Aline Cataldi, essa é uma questão pessoal. “Cada um apresenta um ritmo de aprendizado diferente. Além disso, alguns casais não conseguem conciliar o tempo”.
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Já Abel Mangabeira acredita que a companhia pode trazer um aproveitamento maior. No entanto, ele destaca que o plano de estudos deve ser feito individualmente. “É preciso destinar uma carga de estudo maior às matérias em que o candidato tem mais dificuldade e essa é uma questão muito pessoal”, avalia.
Além disso, o especialista ressalta a importância de organizar os horários e montar um cronograma de estudos que esteja de acordo com a rotina do candidato, além de levar em consideração o tempo de lazer. Por fim, o professor dá a dica: “Só pare de estudar depois da posse”.