Rio - Influenciada por notícias do mercado exterior, a Bovespa amargou ontem mais um dia de perdas. O Ibovespa operou no vermelho durante todo o pregão, chegando a frear a queda ao longo do dia, mas não o suficiente para reverter o quadro. O índice encerrou ontem em queda de 2,32%, a 45.965 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 8,7 bilhões. No mês, a queda da bolsa chega a 14,09% e no ano, a 24,59%.
As ações da Vale ajudaram no desempenho negativo. Os papéis da mineradora recuaram 5,48%. A Petrobras também terminou o pregão com baixa de 3,53%.
Na ponta negativa, os papéis da Usiminas lideraram as baixas, com decréscimo de 7,90%, seguidas pela Gol, que caíram 7,28%. A companhia anunciou redução de 9% nos voos domésticos este ano. As ações da MMX do empresário Eike Batista ficaram à frente das altas, com avanço de 10,24%, após registrar queda de 7,09%. Já a petrolífera OSX despencou 12%. A OGX, por sua vez, caiu 4,88%.
As ações da Oi também se destacaram na sessão, com OIBR4 subindo 7,99% e OIBR3 avançando 6,72%. O movimento reflete a expectativa de uma fusão da empresa com a Portugal Telecom.
Analistas do mercado argumentam que o desempenho da bolsa está marcado pela possível fuga de capitais, com os investidores procurando lugar mais seguro. As notícias da China se juntaram aos temores recentes sobre a retirada de estímulos pelo banco central dos EUA.</CW>
DÓLAR FECHA EM QUEDA
Ontem, o dólar teve a primeira série de duas quedas diárias frente ao real desde o início de maio. A moeda recuou 0,75%, para R$ 2,227 na venda, após perder 0,60% na última sexta-feira.
Aproveitando a queda da divisa norte-americana, o Banco Central brasileiro informou, perto do fim da sessão de ontem, que fará hoje leilão para a venda de dólares no mercado futuro.
Segundo analistas, o anúncio de um leilão teve como objetivo dar continuidade à tendência de queda do dólar na sessão de hoje.
