Por bferreira

Rio - As ações da petroleira OGX, do grupo de empresas de Eike Batista, atingiram ontem os mais baixos patamares de sua história ao caírem 29%. Com isso acumulam mais de 95% de queda desde a cotação máxima registrada em outubro de 2010, segundo levantamento da consultoria Economática.

As ações ordinárias da OGX fecharam a R$ 0,56, o que corresponde a uma perda de 97,59%, desde a máxima registrada pelo papel, há três anos, quando a ação foi negociada a R$ 23,27.

Os papéis começaram a semana em forte queda na Bolsa de Valores de São Paulo depois que a OGX informou que seus poços em operação no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, no Rio, não aumentarão a produção e podem fechar ao longo de 2014.

“A Companhia concluiu que não existe tecnologia capaz de tornar economicamente viável o desenvolvimento dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia. Diante disso, a companhia submeterá à ANP requerimento no sentido de suspender o desenvolvimento desses campos", diz o comunicado.

SEM INVESTIMENTOS

Em função da mudança de plano e da queda na Bolsa, a OGX decidiu interromper a construção, pela parceira OSX, de cinco plataformas. A petroleira disse que o aluguel pelo afretamento do FPSO OSX-1, plataforma conectada ao campo de Tubarão Azul, continuará a ser pago à OSX. Com isso, as ações da OSX subiaram. Já a LLX, empresa de logística do grupo, perdeu 10%, e a MMX, de mineração, caiu mais de 9% no pregão.

A produção nos poços da empresa (OGX-26HP, OGX-68HP e TBAZ-1HP), todos em Tubarão Azul, sofreram problemas operacionais e tiveram quedas e interrupções de produção nos últimos meses. Os problemas com o nível de produção da OGX e a queima de caixa têm motivado a queda das ações da empresa, contagiando os papéis de outras companhias de Eike listadas em bolsa.

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