Por bferreira

Rio - Trabalhadores jovens — de 15 a 24 anos de idade — foram incluídos no mercado formal (com carteira de trabalho assinada) com mais intensidade nos últimos anos. As vagas criadas para esses trabalhadores, porém, são de alta rotatividade, como revela estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A frequência com que os jovens mudam de emprego é excessiva.

Mas, ao contrário do que se imaginava, essa não é uma escolha: é uma imposição do mercado. A consequência, segundo a pesquisa, é o prejuízo da produtividade do trabalho no país e da competitividade da economia.

Para reverter essa situação, a Secretaria Nacional de Juventude está formulando uma agenda de “trabalho decente para a juventude”, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O estudo do Ipea será usado junto com a agenda que está sendo construída para a formação de um Plano Nacional de Trabalho Decente para a Juventude, que deve ser lançado pelo governo federal em 2014.

FISCALIZAÇÃO

Além de políticas de melhorias educacionais e de conciliação dos ambientes de trabalho, com o familiar e o de estudo, o plano estabelecerá critérios de fiscalização das condições de trabalho.

No primeiro semestre de 2013, foram gerados 826,1 mil empregos formais — resultado de 11,439 milhões de admissões e 10,613 milhões de desligamentos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho. O índice foi o menor desde o primeiro semestre de 2009, quando foram registrados 397,9 mil empregos com carteira assinada.

No mesmo período de 2010, 1,634 milhão de postos de trabalho foram criados. No primeiro semestre de 2011, 1,414 milhão; e nos primeiros seis meses de 2012, 1,047 milhão. Com o resultado, o governo federal reduziu para entre 1,3 milhão e 1,4 milhão a meta para 2013.

Você pode gostar