Rio - Quando o inventor e idealista boêmio Daniel Swarovski mudou-se para a aldeia de Wattens, no Tirol austríaco, levando a tiracolo sua recém-inventada máquina de lapidar e polir cristais para joias, talvez não imaginasse que seu sobrenome se tornaria uma importante grife do mercado de luxo. E luxo pode até ser para poucos, mas cabe direitinho no mercado de franquias no Brasil.
A Swarovski entrou no segmento este ano e espera chegar em dezembro com oito lojas em funcionamento em São Paulo, Santos, Jundiaí, Sorocaba, Salvador, Recife, Natal e Niterói. Carla Assumpção, diretora geral da Swarovski Consumer Goods Business Brasil, diz que a meta é chegar até 2016 com 30 unidades franqueadas. A rede, com 450 lojas espalhadas pelo mundo — todas passando até 2014 por um processo de remodelagem, chamado conceito Crystal Forest — tem 20 butiques no país, nos principais eixos da moda. “Em outros mercados a empresa opera com lojas próprias, parceiros independentes e multimarcas. Esses parceiros independentes seguem um formato parecido com a franquia. Aqui, o investimento depende do tamanho da loja e pode ficar entre R$ 600 mil a R$ 720 mil”, diz ela.
Nas franqueadas, o cliente encontra bolsas, chaveiros, carteiras, relógios, anéis, colares, brincos, broches e pulseiras, além de artigos de decoração. O treinamento dos novos lojistas tem tudo que uma franquia costuma oferecer e algumas particularidades, como uma coleção de roupas para os vendedores usarem no trabalho. As cerâmicas com aplicação de cristais Swarovski não serão vendidas nas lojas.
Reportagem de Érica Ribeiro