Rio - A Marinha voltou atrás e não vai mais cortar um dia de trabalho em cada semana nos quartéis que ocorreria devido à redução de R$10 bilhões no Orçamento da União determinado pelo governo. A Força chegou a considerar a possibilidade de alterar o funcionamento das unidades, conforme antecipou a Coluna Força Militar em 25 de maio. A Marinha informou ontem que, após análise e reuniões com o Ministério da Defesa, desistiu da iniciativa. Aeronáutica e Exército também estudavam fazer corte no expediente.
“A Marinha esclarece que, em virtude das restrições orçamentárias em curso, considerou, como uma das medidas de economia a ser adotada, a redução da jornada de trabalho. Após análise e consonante com as novas tratativas com o Ministério da Defesa, tal medida não será adotada”, comunicou a Marinha em em nota oficial.
Maiores alvos da tesourada, os ministérios da Fazenda e da Defesa perderam R$ 990 milhões e R$ 919,4 milhões, respectivamente. O contingenciamento das duas pastas foi bem maior do que o feito na Previdência Social, que deixará de receber R$ 280,7 milhões. A pasta da Justiça amargou corte de R$275,9 milhões e o Planejamento, R$ 216,6 milhões.
Saúde, Educação e Secretaria das Micro e Pequenas Empresas foram preservadas do corte. Para completar os R$10 bilhões de redução, o governo revisou para baixo em R$5,68 bilhões a estimativa de despesas obrigatórias, alegando erro de cálculo na hora de elaborar o Orçamento. A conta incluiu o cancelamento do repasse de R$ 4,4 bilhões do Tesouro à Previdência previstos pela desoneração da folha de pagamentos.