Rio - Mais de 50 mil carteiros em todo o Brasil vão usar smartphones para atualizar, em tempo real, as informações sobre entregas de encomendas. Segundo os Correios, até o fim do ano esses aparelhos estarão disponíveis. No Rio, a previsão é da chegada de 5.760 celulares.
Com o uso do aplicativo pelo carteiro, o cliente terá informações na internet no momento em que a entrega acontece. Entretanto, o benefício será para os clientes que postarem objetos registrados. A empresa informa, ainda, que em uma segunda etapa com data ainda não prevista, os usuários receberão mensagens, via SMS, informando sobre a chegada do produto.
A primeira fase do projeto Mobilidade nos Correios já está em uso, mas só abrange o serviço Sedex 10. Cerca de 2 mil carteiros estão usando o sistema em 14 estados, entre eles o Rio de Janeiro que tem 334 carteiros em 17 centros de entrega de encomendas .
GREVE POR REAJUSTE SALARIAL
Cerca de 50% dos trabalhadores dos Correios em todo o país (57 mil) podem cruzar os braços no dia 11 caso a assembleia da categoria, que acontece nesta quarta-feira, decida pela greve. No Rio, seriam 7 mil funcionários dos 14 mil no estado. Dentro da pauta de reivindicação, com 62 itens, a categoria pede 6% de aumento real, além da correção de inflação (6,46%).
Troca de planos de saúde
O ponto de destaque na pauta de reivindicação, segundo o diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro (SINTECT-RJ), Marcos Sant’Águida, se refere à troca do plano de saúde. Ele diz que a categoria rejeita o Postal Saúde, que teria sido criado para substituir o Correio Saúde. “O Postal Saúde é um plano privado criado para prestar serviço para os funcionários do Correios. Isto será prejudicial para a categoria”, reclama.
Segundo nota oficial dos Correios, a proposta de reajuste salarial será apresentada em breve. A empresa informou, ainda, que no período de 2003 a 2012, o trabalhador dos Correios teve ganho real de 36,91%, acima da inflação do período. Sobre a troca do plano, a empresa informa que não haverá prejuízo ao trabalhador e que todo processo de migração para o Postal Saúde teve autorização da Agência Nacional de Saúde (ANS).