Rio - Secretário estadual de Educação, Wilson Risolia garantiu nesta terça-feira que a implementação gradativa da lotação de um professor por escola vai possibilitar que o estado atenda à reivindicação do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), de manter o docente em sua escola de origem.
“É importante que os professores entendam que a secretaria não é contra fidelizar o profissional em uma unidade. Só que não dá para fazer isso de um dia para o outro. Além da questão orçamentária, teríamos 200 mil alunos sem aula por pelo menos oito meses. É o tempo que levaríamos para receber os novos professores”, explicou.
Segundo Risolia, 89,62% das matrículas (49.236) estão lotadas em uma escola. Em duas, 8,45% (4.641). Em três escolas, 1,61% (887). Em quatro, 0,27% (151) e em cinco escolas, 0,04% (24). A carência imediata seria de 5.703 professores. Todos os números são relativos aos professores de 16 horas. O custo por ano destes docentes é de R$145.436.490,91.
O secretário estadual de Educação também lembrou que um portaria conjunta de 2011 já estipulava, entre outros temas, que a carga horária da matrícula do professor deveria ser prioritariamente integralizada na mesma unidade escolar.
Nova matriz
Para Risolia, a lotação de um professor por escola e a nova matriz curricular são dois projetos que caminham juntos nas prioridades da pasta. “É a ordem natural do processo. O próprio MEC planeja a alteração da grade”
Regra já vale
O pedido por escrito de lecionar em mais de uma escola já ocorre atualmente. A regra faz parte do projeto de lei que será votado semana que vem na Alerj. Quando o professor escolhe dar aula em mais de uma escola, é obrigado a preencher uma ficha.
Pelo fim da greve
O secretário estadual de Educação pediu novamente para que a categoria encerre a greve. “Faltam poucos dias para o Enem. Não tem como 30 mil alunos ficarem sem aula na reta final do ano letivo”, argumentou ele.
Auxílio-saúde em 2014
Risolia também afirmou nesta terça-feira que não vê motivos para que não haja autorização do pagamento de auxílio-saúde para os docentes, antecipado ontem pela coluna: “Tudo o que planejamos acaba saindo. Ainda não fechamos o pacote de benefícios para o professor”.