Por paulo.gomes

Rio - Antes mesmo de uma peça de roupa chegar às lojas, já movimenta a economia. Todo ano, novos negócios são gerados em torno da matéria-prima, máquinas e profissionais do setor. Para ampliar ainda mais os investimentos, o Sindicato das Indústrias de Confecções de Petrópolis (Sindicon) e a prefeitura da cidade promovem a primeira edição da feira Costura Rio, voltada para o segmento têxtil e de confecção. A expectativa é que sejam gerados R$ 80 milhões em negócios, a partir do evento na cidade serrana.

Na Feira Costura Rio%2C no estande da Kappaun’s%2C o visitante conhecerá os programas que permitem desenhar na hora os modelos e as estampadas usadas nos vestidosDivulgação

Diretor da Kappaun’s, representante de maquinário de costura, Jorge Kappaun destaca que a indústria de confecções é uma das atividades mais fortes de Petrópolis, além do turismo e das indústrias de motores e de cerveja.

Segundo ele, o Costura Rio tem como objetivo expor os fornecedores de matéria-prima e equipamentos para as confecções de todo o Estado do Rio. “É uma feira para atender ao segmento da indústria. Vêm representantes de diversos pontos do país”, conta.

Conforme Addison Meneses, presidente do Sindicon, a feira vai ocorrer a cada dois anos. “Queremos que o evento cresça nos âmbitos regional e nacional. São esperados cerca de três mil empresários do Rio e de Minas”, aponta.

A feira acontece de hoje até sábado, das 14h às 21h, no Hipershopping ABC, na Rua Teresa 1.515, no bairro Alto da Serra, em Petrópolis.

Feira mostrará as novas máquinas de produção

Entre os expositores estão fornecedores de máquinas e matéria-prima, além de prestadores de serviço e profissionais da área de tecnologia. “Será uma oportunidade ímpar de reaproximar todos aqueles que fazem parte da cadeia produtiva desse setor, que é tão importante para a economia da cidade e do estado”, afirma o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo.

A empresa Kappaun’s pretende inovar em seu estande. Distribuidora das marcas Audaces, Sociotec, Taewoo e Zoje, produzirá peças durante o evento. A ideia é dar ao visitante a oportunidade de acompanhar todo o processo automatizado, desde a criação até o produto acabado.

Público acompanhará o processo produtivo da confecção das peçasDivulgação

Para Jorge Kappaun, diretor da empresa, a tecnologia é fundamental para atender ao conceito de ‘fast-fashion’, ou seja, produção rápida, para atender à alta velocidade de lançamentos no mercado. “Dependendo da indústria, há três ou quatro trocas de produtos por dia para atender ao mercado, com equipamentos produzindo até 20 modelos por dia”, explica o empresário. Segundo ele, o método tradicional de costura ocupa uma gama grande de mão de obra, enquanto com as máquinas modernas, o processo é acelerado e menos pessoas são ocupadas.

Além dos expositores, participam do evento instituições como Sebrae/RJ, Firjan e Senai Moda Design, que vão orientar os visitantes e apresentar soluções e novidades com relação a técnicas de vendas, mercado e crédito, entre outros. “Queremos reunir em um só espaço todo tipo de recursos para confeccionistas, assim como novas tecnologias de produção , maquinários, tecidos e aviamentos recém-lançados”, diz o presidente do Sindicon.

A feira conta também com palestras e seminários. Amanhã, a estilista Carol Fernandes falará sobre “Moda no macroambiente”. Já na sexta-feira, o especialista em projetos tecnológicos Fabiano Gallindo vai tratar de “Linhas de Financiamento para Inovação nas Empresas”. A programação completa está em www.costurario.com.br.

Rua Teresa é o destino das produções

A principal produção das confecções de Petrópolis é de roupas femininas, segundo o empresário Jorge Kappaun. Algumas empresas vendem diretamente para grandes redes de varejo, como Marisa, Renner e C&A, entre outras. Porém, a maior parte da comercialização ainda acontece por meio da Rua Teresa.

Em 2011%2C a Kappaun’s comemorou 25 anos de atividades com um evento embrião da Feira Costura RioDivulgação

Gerente administrativo na Associação de Emprésarios e Amigos da Rua Teresa e Adjacências (Arte), Carla Gonçalves explica que todas as confecções da cidade têm loja na rua. “É onde a nossa produção escoa. A gente gera empregos tanto na confecção, quanto no comércio”, afirma. De acordo com ela, as vendas são diversificadas e atendem tanto aos clientes de varejo quanto os de atacado.

O movimento na Rua Teresa é grande, principalmente por causa das sacoleiras, que compram roupas em Petrópolis para revender. “Nos picos de maior movimento, chegamos a um número de 15 mil pessoas por dia na rua”, revela Carla Gonçalves.

Evento de moda traz novas marcas

No próximo dia 21, as sócias Camila Duarte e Fernanda Eloy promovem a segunda edição do evento RIO+Estilo, que traz marcas novas de roupas, acessórios, lingeries e biquínis. A ideia é aportar de vez no calendário de moda do Rio de Janeiro.

O evento acontece das 9h às 18h, no Hotel Marina Palace, no Leblon. Além da feira, haverá degustação de espumante e vinho branco, além de um espaço exclusivo para os homens, com bar, revistas de futebol e jornais, entre outros mimos.

Multinacional de bebidas participa do Compra Rio

As empresas Coca-Cola Andina e Coca-Cola Brasil participam da Rodada de Negócios, que ocorre segunda-feira, na sede da Firjan, no Centro do Rio. O objetivo colocar as empresas fornecedoras do Rio em contato direto com o departamento de compra das corporações âncoras.

No caso da empresa de bebidas, há demandas para os setores de construção civil, desenvolvimento e elaboração de projetos, além de agência de viagem, materiais de caldeiraria e usinagem, agência de marketing promocional e design gráfico, uniformes e EPI, entre outros. A expectativa da Subsecretaria de Comércio e Serviços do Estado do Rio é que a rodada ultrapasse os R$ 500 milhões ao longo do ano. As inscrições devem ser realizadas no site do programa: www.comprario.com.br.

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