Rio - Além de conceder benefícios previdenciários, o INSS atua na reabilitação de trabalhadores que sofrem acidentes que os incapacitam de exercer atividades profissionais. Após avaliação multifuncional, o instituto encaminha os segurados em auxílio-doença ou acidente a cursos de capacitação. Em último caso, pode até financiar instrumentos de trabalho, como pequenos equipamentos, com o custo máximo de R$ 8 mil para quem não se readaptou e não voltou à mesma função na empresa. Em média, o INSS financia equipamentos de 1,5% a 2% do total de segurados que se acidentam.
Segundo a gerente-executiva da Gerência de Niterói, Elzi Gonçalves, o principal objetivo é retornar o trabalhador à empresa de origem, na mesma função. Constatada a incapacidade para trabalhar como antes do acidente, ele é encaminhado a outra atividade na companhia. Há ainda a possibilidade de ser levado a empresa de outro ramo de atividade.
“Tudo é feito mediante avaliação de comissão multifuncional, após o segurado passar pela perícia médica. O trabalhador é encaminhado para fazer reabilitação. O INSS mantém parcerias com entidades, empresas, órgãos públicos e associações para viabilizar a reinserção”, explica Elzi, cuja gerência abrange, além de Niterói e São Gonçalo, outros 12 municípios até a Região dos Lagos.
O caso mais recente em que o INSS financiou equipamento para segurado ocorreu em novembro de 2012. Na ocasião, o trabalhador autônomo foi beneficiado pela compra de máquina de lavar carros.
Segundo a gerente, a reabilitação é custeada pela própria empresa. Caso o empregador não tenha condições de arcar com a despesa, o INSS assume o gasto. Elzi destacou que o instituto está em negociação com o sistema Senai/Senac para contratação de cursos para 2014.
Ela ainda informou à coluna que há 1.553 trabalhadores em acompanhamento para reabilitação. Em média, 80% voltam a exercer a função.
A Gerência de Niterói fará doação de material de informática ao Projeto Fábrica Verde, executado pela ONG Instituto Geração da Hora, em parceria com a Secretaria Estadual do Ambiente, na comunidade no Morro do Alemão. Serão dois mil itens de computadores obsoletos destinados ao projeto que atua com inclusão digital e descarte correto de peças sem uso.
