Rio - O reajuste salarial dos professores da rede básica de ensino do país terá impacto positivo com a nova regra de distribuição dos royalties de petróleo, que destina 75% desses recursos à Educação e 25% à Saúde. No Município do Rio, por exemplo, o vencimento-base de um docente com jornada de 40 horas hoje é de R$ 3.840,16. Todos recebem R$ 122,45 de bônus cultura e mais R$ 121 em vale-transporte. É o maior piso de todas as capitais do país.
Curitiba tem o segundo maior vencimento-base, de R$ 3.063,40. Porto Alegre, R$3.048 e João Pessoa, R$2.800. São Paulo está no 13º lugar do ranking, com base de R$ 2.152,30. Macapá tem o menor piso, de R$1.345,60, sendo a única capital do país que paga abaixo do piso nacional do magistério, que é de R$ 1.567.

Para a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, a nova regra de distribuição dos royalties vai colocar o salário do professor “em outro patamar”. “Para tornar a profissão mais atraente, a maioria dos municípios não tem recursos para mudar o quadro remuneratório. Eu acho que os recursos vão permitir colocar o salário do professor em um patamar de 6ª economia”, disse.
Costin ressaltou que outra vantagem será a oferta de mais verbas para estados e municípios investirem na Educação Infantil para implantar o turno único. “É etapa essencial da criança. E como a pré-escola vai se tornar obrigatória a partir de 2016, as redes estão se organizando”, afirmou.
Prefeitura não sabe quando sentirá efeito
O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, explicou à coluna que ainda não é possível estabelecer a partir de quando o município sentirá os efeitos das novas regras de distribuição dos royalties. A presidenta Dilma Rousseff reforçou que não há como o país dar Educação de qualidade para qualquer nível de ensino se não tiver professor qualificado, bem pago e valorizado pela sociedade.

Colaborou: Paloma Savedra