Por bferreira

Rio - Com a alta do dólar, viajar pelo Brasil ficou mais vantajoso. Segundo o comparador de viagens Mundi, até junho houve aumento de 11% no preço das passagens para Rio-Buenos Aires, por exemplo, e crescimento de 10,6% na tarifa para Miami. Ontem, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,03%, a R$ 2,28.

Diretor de marketing do Mundi, Rodrigo Waissman explica que viagens para os Estados Unidos foram mais afetadas. Os trechos para Europa também ficaram mais caros. “O interesse pela América do Sul, porém, vem crescendo, em função da proximidade e de custos menores”, afirma.

Segundo a pesquisa do Mundi, a procura por voos para o Nordeste aumentou 26,4% em junho. No período foram registradas quedas de 5% no valor das passagens entre Rio e Fortaleza e até Salvador.

Sócia da agência Check-in Turismo, Fernanda Guimarães conta que a alta no dólar favorece viagens nacionais. Enquanto o pacote de quatro dias para Buenos Aires custa, em média, US$ 600 (R$1.368), viagem pelo mesmo período a Fortaleza (CE), no Nordeste, custa R$ 940. “Quem quer viajar para o exterior deve planejar com antecedência, para não pagar tão caro”, diz.

A servidora Flavia Lima, 40, já tinha viagem programada para os Estados Unidos e, com a alta do dólar, ficou na dúvida sobre quando comprar a moeda. Para Gilberto Braga, professor do Ibmec, o ideal é trocar logo “para diminuir o risco de se expor à variação cambial”.

Turismo está mais aquecido no Rio

Os efeitos da alta do dólar ainda não foram sentidos no Rio de Janeiro, por conta de eventos como o Rock in Rio, que mantiveram os hotéis da cidade lotados. Mas,de acordo com Alfredo Lopes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (Abih-RJ), as consequências do aumento da moeda devem começar a ser sentidas no fim de ano e com a chegada das férias de verão.

Ainda segundo Lopes, os preços dos hotéis na cidade estão compatíveis com a posição do Rio no mercado internacional. “É natural que estejamos entre as cidades mais caras do mundo. Temos o maior calendário de eventos que uma cidade já recebeu”, avalia ele.

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