Por bferreira
Rio - Com o objetivo de dissociar a imagem atual da empresa de seu ex-controlador Eike Batista, a LLX Logística teve a alteração de seu nome aprovada em assembleia ontem. A companhia agora se chama Prumo Logística Global, mas continuará listada na BM&FBovespa sob o código de negociação “LLXL3” até que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorize a troca.
Presidente da empresa, Eugênio Figueiredo disse que o nome Prumo representa este novo momento da companhia, com uma gestão mais pragmática e transparente. Também este mês a companhia concluiu o aumento de capital de R$1,3 bilhão, iniciativa que viabilizou a entrada do fundo americano EIG oficialmente no controle das operações.
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Com o capital investido, os novos gestores reduziram a participação de Eike na organização, que passou de 53,5% para 20,9%. Embora ainda seja acionista, ele não é mais controlador desde que fechou negócio com o fundo, e sequer faz parte do conselho de administração, conforme acordo entre as partes.
Esta é a terceira companhia X que mudou de nome após ser repassada a novos gestores. A primeira foi a MMX Mineração que hoje se chama Eneva, e a segunda mudança ocorreu na última segunda-feira, quando a OGX Petróleo virou Óleo e Gás Participações. Todas estas firmas ganharam sobrevida no mercado.
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Apesar da novidade, as ações da Prumo na Bolsa fecharam em queda de 5,5% no pregão de ontem, sendo cotadas a R$1,03. O Ibovespa também encerrou em baixa de 1,81%, a 50.067 pontos, renovando seu menor patamar desde agosto. Das 72 ações operadas, 25 registraram queda, sendo estas abaixo de 2%. Quem mais puxou o pregão para baixo foram os bancos, devido relatório de agência de risco informando que o setor continua pressionado.
ASCENSÃO E QUEDA DO IMPÉRIO X
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UM ANO E OITO MESES
Bastou um ano e oito meses para Eike ver seu império desmoronar. Ele que já foi considerado o empresário mais bem sucedido do país, hoje é visto como falastrão, devido às supostas divulgações infladas de suas empresas por canais não convencionais, causando verdadeiro alarde no mercado financeiro e, por fim, não alcançando os resultados planejados.
A FONTE SECOU
Quando os investidores e acionistas compreenderam que algumas das companhias do Grupo EBX não iriam render dividendos a contento, o dinheiro secou para Eike. Daí para frente, um turbilhão de notícias ruins, como o pedido de recuperação judicial da empresa considerada a jóia da coroa. Isto porque a OGX não encontrou óleo suficiente em seus blocos de exploração.
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VENDA DE ATIVOS
O ex-magnata saiu negociando e vendendo seus ativos, como hotel, jatos, iate e empresas, como MMX, hoje Eneva, LLX, atualmente Prumo Logística, além de rescindir vários contratos como o do Edifício Serrador, até então sede das empresas X, no Centro do Rio.
MUITAS INCERTEZAS
A derrocada de Eike trouxe incertezas a projetos considerados essenciais ao país que por pouco não naufragaram com as empresas dele, como o Superporto Sudeste e o Porto do Açu, atualmente administrados por outros gestores que, após demissões em massa, encontraram o ponto de equilíbrio para continuar operando.
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REPERCUSSÃO LÁ FORA
As dificuldades dele repercutiram internacionalmente, levando temor aos investidores estrangeiros interessados no Brasil.
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