Por bferreira
Rio - O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os veículos voltará a subir em 2014, confirmou ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele rejeitou a possibilidade de o imposto reduzido ser mantido no próximo ano, apesar dos pedidos das montadoras e do impacto sobre os preços.
Presidente da Anfavea%2C Luiz Moan%2C foi a Brasília pedir ao ministro da Fazenda%2C Guido Mantega%2C que mantivesse reduzido o IPI de veículosABr

“Posso antecipar que o IPI para os automóveis vai subir mesmo em 2014. Não haverá volta atrás na redução do IPI”, declarou o ministro após reunião com representantes da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos (Anfavea), metalúrgicos e o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.

SEM DETALHAMENTO
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Apesar de ter reiterado que o imposto voltará a subir no próximo ano, Mantega não detalhou como ocorrerá o reajuste. No entanto, na semana retrasada, em São Paulo, o ministro informou que as alíquotas serão recompostas de forma gradual ao longo de 2014. Originalmente, o IPI estava previsto para subir a partir de abril, mas o governo estendeu o benefício fiscal até o fim de 2013.
Na reunião de ontem foi discutida a manutenção da obrigatoriedade do airbag e do freio ABS para o próximo ano. Alguns representantes das montadoras pediram que o governo estendesse o IPI reduzido para compensar os aumentos de custos com a introdução dos itens de segurança. O ministro, porém, descartou a medida. “O imposto vai subir mesmo. Esta não é uma solução para o setor”, declarou.
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Assim, o consumidor tem só mais duas semanas para comprar carro mais barato. Em 2014, preço será mais alto.
Airbag e freio ABS de fábrica serão obrigatórios
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A exigência de que os todos os veículos produzidos no Brasil tenham airbag e freio ABS foi mantida A medida vale a partir do ano que vem. A única exceção pode ser a Kombi, que não é passível de adaptação aos itens de segurança.
Essa decisão, porém, pode significar um aumento de até R$ 1,5 mil no preço dos automóveis. “Não deve ser adiada a introdução dos itens de segurança, pois a maioria das empresas já implementou. Esperamos um esforço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no sentido da absorção de trabalhadores na indústria”, afirmou o ministro Guido Mantega. Pelos cálculos do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, de 10 mil a 15 mil trabalhadores poderiam ser demitidos.
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A exceção pode ser feita à Kombi, pois “é um produto diferente”, disse o ministro. “Nenhuma empresa tem restrição a que o governo faça exceção à Kombi”. Segundo ele, a decisão será tomada na semana que vem.
Para evitar o repasse dos novos custos para o consumidor, a Anfavea solicitou a redução do Imposto de Importação de autopeças usadas na fabricação de componentes de segurança e de eficiência energética para 2%, ante os atuais 18%.
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