Por thiago.antunes
Rio - Uma amiga de rede social postou em sua página que a maré anda tão em baixa que corre o risco de ao olhar para o chão ela encontrar uma conta nova para pagar. Todo começo de ano, no mês de janeiro, é assim, como se fosse uma reprise de novela velha, que mesmo quem não viu, sabe adivinhar qual será o fim: contas a pagar e o dinheiro não dá para tudo.
Dinheiro não dá para pagar a contaiStockphoto

Muita gente até tenta planejar, faz uma previsão das grandes contas, como aluguel, escola, supermercado e transporte, mas esquece dos cheques pré-datados do Natal, da fatura mais gorda do cartão de crédito e dos gastos extras, além de impostos de início de ano.

Quitar o IPVA e o IPTU à vista vale pena para quem tem dinheiro reservado, porque os descontos de 10% e 7%, respectivamente, são maiores do que o rendimento da caderneta de poupança no mesmo período, por exemplo. Já para quem está apertado, o melhor é optar pelo parcelamento,pelo fato de não compensar se endividar para liquidar o débito de um vez só.
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O desconto é inferior aos juros cobrados nos empréstimos em geral pelas formas tracionais. Na hora de comprar o material escolar, para o consumidor que está apertado, a dica é adquirir toda a lista no mesmo lugar, após pesquisar. Compras de valores elevados permitem negociar descontos e parcelamentos em prazos mais longos e sem juros.
A única coisa que não se deve fazer é acumular dívidas no rotativo do cartão crédito ou no cheque especial. Estas modalidades são as que cobram os juros mais altos. Por isso, a prioridade deve ser quitá-las o quanto antes. Se necessário, veja a possibilidade de fazer ou ampliar o crédito consignado (com desconto em folha de pagamento), que tem juros mais baratos para liquidar todas as dívidas mais altas.
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Gilberto Braga é professor de Finanças do Ibmec