Logo depois a empresa passou a usar romisetas, uns carrinhos minúsculos que puxavam a carrocinha da marca. A simplicidade do lanche conquistou legiões de fãs, que se seguiu na década seguinte. Além do tradicional cachorro-quente também vendia-se dois lanches conhecidos como Tico e Teco, pão de forma com pasta de presunto e de ovo, e “Laranjinha e Uvinha” — sucos das frutas em garrafinhas de plástico.
Já nos anos 1980, o sanduíche também fez sucesso entre a juventude que frequentava o Circo Voador. Então, a marca é comprada pela cervejaria Brahma, mas, infelizmente, tempos depois sai de circulação.
PROGRESSO
Menezes Cortes
?Ao retornar no início dos anos 2000, o primeiro ponto de venda se instalou no Terminal Garagem Menezes Cortes, no Centro da cidade. Posteriormente, a carrocinha fixa deu lugar ao primeiro quiosque.
?Pontos de venda
?Este modelo de negócio foi o pontapé inicial para a formatação do projeto de franquias, presente hoje em shoppings e estações do metrô.
Produtos
Hoje, os quiosques têm mini cachorro-quente, sanduíche com duas salsichas, pizza, esfirra e croissant.
QUIOSQUES SÃO OS NOVOS PONTOS
?Passados 50 anos, a marca Geneal se renova e conquista novos adeptos, agora os frequentadores de shoppings, onde se encontra a maioria das lojas da rede. Diretora-geral e de marketing, Luciana Palhares, 25 anos, divide com o pai, Dimas Corrêa Filho, a operação da empresa. Ela investe em novos produtos e leva o produto a outros locais, além das praias da cidade.
“No início dos anos 2000, meu pai, que era surfista e frequentador do Maracanã, viu a oportunidade de voltar com a marca, muito querida pelos cariocas. Nestes 13 anos, tivemos que remontar a linha de produção e investimos em lojas próprias e na expansão, por meio de franquias”, conta Luciana.
Hoje, o cachorro-quente está nos principais shoppings da cidade, além de ter retornado ao Maracanã. A marca também pode ser encontrada em eventos como o Fashion Rio e Rock in Rio, além de festas corporativas, em casamentos ou de 15 anos em estações do metrô. “Nestes locais, estamos presentes com a tradicional carrocinha e um funcionário uniformizado”, explica a executiva.
Na última quinta-feira, a atriz Daniele Marcos, 39 anos, estava com a família no quiosque da Geneal na Galeria São Luiz, no Largo do Machado. Ela contou que consome o cachorro-quente desde criança e que ensinou o filho Daniel Brettas, 6 anos, a saborear o lanche.
O marido Marcelo Brettas afirmou que a esposa, o fez ter o hábito de comer no Geneal. “A marca tem muita relação com a minha infância. Era de lei: praia o dia todo com a família e para matar a fome todos comiam o lanche”, disse Daniele.
Ela ressalta, ainda, que ficou muito feliz quando a marca voltou. “Senti muita falta do Geneal na época que ele sumiu”. Outro ponto que influencia a escolha da família é o preço justo do produto (R$ 5,50), segundo a atriz.