Rio - Mesmo negociações agendadas com o governo, a Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anasps) informou que não vai abrir mão das propostas para a Carreira do Seguro Social. A representante da entidade no Grupo de Trabalho para a elaboração do projeto, Verônica Monteiro Rocha, manifestou preocupação com a forma como o Ministério da Previdência e o Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) vêm tratando a questão.
Segundo ela, as restrições impostas pelo Ministério do Planejamento, travando as discussões, causariam prejuízos para os servidores, em função do atraso na elaboração do projeto. A sindicalista acredita ainda que a dificuldade em se chegar a um acordo acontece “talvez por falta de interlocução [dos outros órgãos] com o Planejamento, que vem recusando propostas de melhorias da Carreira”.
Segundo Verônica, a situação foi agravada com o aumento da remuneração dos servidores previdenciários do INSS abaixo do esperado. O acordo teria sido feito sem a participação da Anasps e estabeleceu reajuste salarial em torno de 15% dividido em três anos: 2013, 2014 e 2015.
Já haveria um consenso, conforme informou a representante da associação, entre as demais entidades que participam do GT. Além da Anasps, há a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS) e a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).
Entre as proposições apresentadas pela associação para a carreira estão a alteração da estrutura remuneratória atual, com a incorporação de gratificações; a criação do adicional de qualificação; a redução do interstício de desenvolvimento por progressão funcional de 18 meses para 12; e o fortalecimento da estrutura de capacitação do INSS.