Por tamyres.matos

Rio - Os servidores do Judiciário Federal do Rio de Janeiro querem aumentar a pressão sobre o governo com relação às questões salariais, como vêm fazendo as demais categorias do serviço público federal pelo país. No último sábado, eles defenderam a formulação e a implementação do plano de carreira e a retomada da luta pelo Projeto de Lei 6.613/2009 — que prevê aumento para a categoria — na reunião ampliada da Fenajufe, em Brasília.

Com isso, representantes da categoria esperam construir a luta da campanha salarial de 2014 a partir de fevereiro, com base em uma proposta que já cumpriu parte das etapas necessárias para sua tramitação e aprovação.

Servidores do Judiciário Federal do Rio de Janeiro querem aumentar a pressão sobre o governoDivulgação

Diretor-presidente do Sisejufe (Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio), Valter Nogueira Alves afirmou que o ideal é investir no projeto, que é viável de ser aprovado. De acordo com ele, apesar das dificuldades inerentes a um ano de eleições, a entidade não deixará o plano de carreira de lado.

“Nossa categoria está muito dividida. Não podemos estar fragmentados, senão quem ganha com isso é o governo”, alertou.

Durante assembleia, o diretor do Sisejufe e da Fenajufe, Roberto Ponciano, defendeu a necessidade de se manter o foco na mobilização pelo projeto de lei e a discussão da carreira. “Há uma proposta em discussão em Brasília para criar um plano de cargos e salários somente para magistrados e pessoal dos tribunais superiores. A nossa categoria ficará de fora dos reajustes. Existe até um Grupo de Trabalho já tratando dessa questão. Se for aprovado, vai ser o fim da nossa carreira”, denunciou ele.

O diretor da entidade enfatizou que não há espaço para articulação com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa.

Já a servidora do Tribunal Regional Federal (TRF) Elysangela Benincá, que representou os candidatos a delegados da Chapa 2 na reunião em Brasília, defendeu a aprovação da data-base dos servidores e a necessidade de se construir uma greve unificada com os demais segmentos do funcionalismo público federal.

Na semana passada, atividades em Brasília marcaram o lançamento nacional da Campanha Salarial Unificada 2014. A partir da pressão exercida com o ato na última quarta-feira, o Ministério do Planejamento se comprometeu a apresentar uma resposta formal à pauta dos federais antes do Carnaval, segundo a Condsef.

Você pode gostar