Por bferreira

Rio - Cerca de 500 policiais federais participaram de uma passeata ontem na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O ato fez parte da agenda de atividades que estão sendo desenvolvidas na paralisação parcial das atividades por 72 horas.

Segundo o presidente do Sindipol-DF (Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal), Flavio Werneck, entre as principais reivindicações está a elaboração de um projeto de lei que atribua as atividades que os servidores devem exercer em seus cargos. Segundo ele, atualmente, as competências acabam sendo definidas por portarias e instruções normativas. “Nós queremos que tenha um projeto porque hoje não existe padronização. Ficamos na dependência do que o gestor decidir. É o gestor que diz o que tem que fazer ou não”, afirma Werneck.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Rio (SSDPF-RJ), André Vaz de Mello, citou entre as atividades exercidas que não estão previstas em lei, a execução de relatório de análise de escutas telefônicas, a fiscalização de produtos químicos e serviços na migração de estrangeiros nos aeroportos do país.

De acordo com o Boletim Estatístico de Pessoal e Informações Organizacionais do Ministério do Planejamento, o departamento de Polícia Federal conta com 11.342 servidores ativos, sendo 1.709 delegados e 1.098 perito. As duas categorias estão classificadas como sendo de nível Superior. Já as classes de nível Intermediário são três: escrivão (1.800), agente de Polícia Federal (6.221) e papiloscopista (514). Segundo André Vaz, estas carreiras eram classificadas como nível Superior, mas após a greve de 2013, o governo fez novo enquadramento.

Segundo o boletim, o subsídio inicial de agente, escrivão e papiloscopistas é de R$7.514,33 e o final, R$11.879,08. Já os de delegado e perito criminal são de R$14.037,11 e R$ 20.684,81, respectivamente.

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