Por thiago.antunes

Rio - Como não existem investimentos sem riscos, com liquidez e alta rentabilidade, o investidor precisa conhecer com detalhes o seu perfil e ser muito disciplinado para alcançar o retorno desejado. Ações (de periodicidade mensal), os fundos — de renda fixa, de direito de previdência (PGBL e VGBL), imobiliário, multimercado —, a popular caderneta de poupança, os já conhecidos títulos do Tesouro Direto, os CDBs.

As alternativas são muitas, no entanto, esses produtos não são adequados para todos os perfis de investidores. Cada uma atende a um tipo específico. É importante saber disso e se posicionar adequadamente diante de cada possibilidade de investimento de acordo com a sua necessidade. Veja mais dicas abaixo sobre o seu perfil.

Pergunta e resposta

“Sou designer e trabalho como freelancer, por isso não tenho uma renda fixa. Quando consigo um pagamento alto por algum trabalho, guardo uma parte na poupança para os meses em que tiver menos trabalhos. Esse é o melhor tipo de aplicação para mim?” Gustavo, Grajaú

Gustavo, antes de investir é preciso poupar. E nesse aspecto existe uma diferença sutil entre os dois atos, ou seja, poupar é uma etapa anterior, pois significa acumular recursos, economizar. A etapa seguinte é saber por quanto tempo esse capital poderá permanecer aplicado, para então ser resgatado para uso.
Em função disso, o aplicador precisa saber como se comportarão suas receitas e despesas mensais para ter noção de quando precisará dispor dos recursos.

Nesse sentido, elaborar um orçamento é importante — e é de conhecimento geral que dá trabalho — mas é certamente necessário. O planejamento financeiro passou a ser fundamental e o improviso, na maioria das vezes, tende a lhe conduzir para investimentos inadequados.

Ciente dessas informações, é possível escolher o uma aplicação mais condizente com a sua situação. Não há mais investimentos com segurança e altíssimo retorno, com isso, não se pode querer obter uma rentabilidade extraordinária sobre uma simples sobra de caixa que será utilizada nos próximos 20 dias ou mesmo nos próximos oito meses. Dessa forma, convivemos com uma das principais confusões dos investidores brasileiros, que precisam aprender a lidar com esse novo cenário.

Para recursos que serão usados em um horizonte curto de tempo não há muitas opções. O objetivo deve ser manter o poder de compra, aplicar em algo que ao menos reponha a inflação do período. A atenção deve ser redobrada, pois até mesmo investimentos antes considerados mais conservadores têm apresentado variação negativa. 

As principais alternativas continuam sendo a velha e boa caderneta de poupança ou os fundos DI. Mas atenção para a taxa de administração que pode corroer todo o ganho. Boa sorte!

Jair Abreu Júnior é coordenador em Gestão Financeira da Universidade Estácio de Sá

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