Por felipe.martins

Rio - Nas comemorações sobre o Dia do Trabalho, na semana passada, a presidenta Dilma Rousseff fez um pronunciamento à nação, em cadeia de rádio e televisão (foto), alusiva a data. Dentre as diversas medidas anunciadas, duas chamaram mais a atenção: o aumento dos valores do benefício do Bolsa Família em 10% e a correção da tabela do Imposto de Renda para pessoa física.

Em especial, estranhou-se, no discurso da presidenta, o fato de ter sido divulgado o índice de reajuste do benefício e nada ter si</MC>do dito quanto ao percentual de correção da tabela do Imposto de Renda. Mais adiante se descobriu que o reajuste do IR foi de meros 4,5%, a valer a partir do ano que vem.

Ora, com os trabalhadores recebendo reajuste de salário pelo menos igual a inflação anual ( 6%), a correção da tabela do IR a menor aumenta a arrecadação do governo e pune os assalariados.O justo seria que a tabela fosse corrigida de forma igualitária a deterioração dos preços da economia, medida pela inflação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) anual.

Com as dificuldades da União para equilibrar as suas contas e sabendo-se que estamos em ano eleitoral, com a economia devagar quase parando em todos os setores, pode-se dizer que a atitude do Governo é cruel. Isto, porque sugere que o desconto a maior dos trabalhadores que pagam Imposto de Renda recolhido diretamente na fonte, ou seja, a Classe Média, vai financiar o aumento do benefício Bolsa Família.

Nada contra os programas sociais, que são muito eficientes para diminuir a pobreza e movimentam a economia, mas esperava-se mais competência e menos maldade do Governo com os assalariados, que já estão com a corda no pescoço.

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