Por leonardo.rocha

Rio - Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens (CNC), não é hora do empresariado aumentar estoques. Esta é a posição da organização, que se reuniu no último dia 13 de maio, no Rio de Janeiro, para discutir o cenário econômico atual.

Para o presidente da entidade, Antonio Oliveira Santos, os acontecimentos recentes têm gerado desânimo à categoria. Inflação, oferta de crédito e a política econômica do governo são os principais fatores.

O aumento dos preços dos alimentos, as taxas de juros mais altas, expectativa de uma inflação em torno de 6,5% e os aumentos de luz e gasolina previstos para o ano que vem indicam um cenário ainda menos favorável. Os poucos avanços conquistados pela economia, de acordo com Santos, vêm somente por conta das baixas taxas de desemprego.

O câmbio também foi um dos temas da reunião: desde o início de 2014, tem apresentado uma menor volatilidade, o que reduziu as incertezas dos empresários. O real já mostra alguma valorização e a expectativa é a de que haja uma maior apreciação das moedas emergentes, já no próximo trimestre, e que não surjam mais surpresas neste quesito.

Para o economista-chefe da entidade, Carlos Thadeu de Freitas, muitas empresas se beneficiaram nas operações de arbitragem, realizando empréstimos em uma moeda e investindo em outra, com ganhos muito significativos.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo representa cerca de 2 milhões de empresas do comércio de bens, serviços e turismo, que, juntas, respondem por cerca de 1/4 do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram aproximadamente 16 milhões de empregos diretos e formais.

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