Por fernanda.magalhaes

São Paulo - O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) flagraram trabalho escravo em oficina da marca M. Officer pela segunda vez. A operação foi realizada no dia 6 de maio e divulgada nesta sexta-feira.

Segundo o procurador do Trabalho Tiago Muniz Cavalcanti, foi realizada uma força-tarefa este ano para verificar se os problemas verificados em novembro do ano passado persistiam. "Chegamos à conclusão de que o trabalho análogo à escravidão não tinha acabado nas oficinas contratadas pela M. Officer", afirma ele.

Ao todo, seis trabalhadores (cinco homens e uma mulher) foram libertados em uma oficina na Vila Santa Inês, em São Paulo

Presente na operação, a procuradora Tatiana Simonetti destaca que o MTE está terminando de gerar as provas do caso e o MPT vai ingressar com ação em breve. "Na semana que vem, a empresa já será autuada", reforça.

De acordo com a procuradora, os profissionais trabalhavam "exaustivamente" e ganhavam por peça produzida. Além disso, moravam no próprio local de trabalho, que carecia de extintores e equipamentos de segurança.

"A Justiça vai determinar se a marca tem ou não responsabilidade sobre os trabalhadores dessa oficina", ressalta Tatiana.

Em nota, a M5, dona da M. Officer, afirma "que tem um contrato mercantil de venda e compra com seus fornecedores, com cláusula que proibe expressamente a subcontratação".

A empresa também destaca que está tomando as medidas judiciais contra os responsáveis e trabalhará com o MTE e o MPT para esclarecer os fatos.

Com informações de Patrícia Basilio

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