Por bferreira

Rio - Ao receber um dinheiro adicional, como o que vem da restituição do Imposto de Renda, o consumidor deve verificar se há dívidas pendentes que sacrificam o orçamento familiar, a fim de evitar a incidência de juros e multas. Ao liquidar a pendência, seja com cartão de crédito ou no cheque especial, a hora é de decidir se os recursos que sobraram devem ser aplicados ou usados para antecipação das compras de fim de ano.

Esse é um controle que o consumidor deve levar para o ano todo. Dessa forma, terá uma visão clara de como está usando seus recursos todo mês. Além disso, é importante fazer uma relação entre suas fontes de renda e as expectativas de gastos para o salário. A planilha também pode ajudar nesse registro.

Por Jair Abreu Júnior

PERGUNTA E RESPOSTA

“Recebi minha restituição do Imposto de Renda, mas não tenho ideia do que devo fazer com o dinheiro extra. Devo guardar a renda na poupança, pagar as minhas dívidas ou comprar itens que a minha família precisa?”

Márcio, São Gonçalo

Márcio, independentemente de qual é o valor de sua restituição do Imposto de Renda (IR) e de quais condições dispõe para aplicação financeira, recomendo apurar a situação em que se encontra.

Você deve fazer um levantamento criterioso dos recursos referentes a bancos, contas a receber e a pagar nos próximos quatro meses. Dessa forma será possível analisar com detalhes a realidade de sua situação financeira.

Outro aspecto a ser considerado deve ser a relevância das suas dívidas, ou seja, o quanto elas pesam no seu orçamento mensal, pois sendo as despesas relevantes, recomendo usar o valor da restituição para saldá-las o quanto antes. Assim, você evita a incidência de muitos juros e multas.

Em época de festas, como a Copa, é muito comum nos sentirmos motivados a fazer compras descontroladas, em função das facilidades de uso de cartões de crédito e débito e dos financiamentos oferecidos. Ao nosso redor, tudo converge nesse sentido.

No entanto, cabe a cada um o exercício contínuo de resistir às idas ao shopping. Afinal, na maioria das vezes, cedemos à sedução das lojas, estrategicamente organizadas para atrair e convencer os consumidores a comprar.

Uma ideia é mapear a entrada e saída de dinheiro. Assim, você vai saber onde gastou cada centavo e poderá refletir sobre seus hábitos de consumo durante o ano todo. Paralelamente, recorra ao gerente de sua conta bancária e tente negociar o valor que você deve, levando em conta suas reais possibilidades de pagamento.

Ressalto ainda que se as suas dívidas forem pequenas e fáceis de serem liquidadas, talvez seja interessante aplicar o restante de seus recursos financeiros disponíveis na caderneta de poupança. Nesse tipo de aplicação, você pode resgatar o dinheiro a qualquer momento.

Jair Abreu Júnior é coordenador em Gestão Financeira da Universidade Estácio de Sá

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