Por bferreira

Rio - Recebi do amigo e leitor assíduo da coluna, o advogado Luiz Américo Chaves, o pedido de escrever sobre quem ganha e quem perde com os feriados da Copa da Mundo. Para muita gente os dias de jogos do Brasil e do Maracanã se tornaram quase um período de férias extra. Mesmo quem trabalha com regularidade e gosta de futebol fica com um olho nas tarefas e o outro na transmissão da televisão ou na informação da internet. Seja para apoiar a seleção ou para falar mal e reclamar, ninguém fica imune a Copa da Fifa.

Segundo estimativas da Firjan, cada dia parado significa uma perda de R$250 a R$ 300 milhões para o Rio. O comércio ficou de fora do feriado, mas para que abrir a loja se a clientela não aparece para comprar? Quem abriu o seu negócio amargou um queda de 70% no movimento. Em contrapartida, os turistas deixaram na cidade com seus gastos uma renda extra de mais de R$ 1 bilhão.

Quem trabalha com turismo, entretenimento, bares e restaurantes, supermercados e transportes está rindo a toa e faturando alto. Já quem mexe com a advocacia, prestação de serviço em geral e produção industrial só contabiliza prejuízos.

Em alguns situações, como a de vários profissionais liberais como médicos, dentistas e advogados, o melhor é tirar férias, para não ficar eternamente esperando pelos clientes marcados que faltam ou dar de cara com a porta do Fórum fechada.

Se fizermos uma avaliação financeira imediata dos feriados para o Rio há um equilíbrio, com vencedores e perdedores. No entanto, o sucesso do evento é incontestável, tanto no sentido esportivo, como em vender a imagem da cidade. Olhando para o futuro, no frigir dos ovos, a Copa trará muitos lucros para o Rio, principalmente para o turismo.

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