Por felipe.martins

Rio - Os consumidores já procuram as farmácias e drogarias do Rio para comprar remédios mais baratos, com o fim da cobrança do PIS/Cofins. São 1.645 produtos que possuem o benefício fiscal, que reduziu os preços em 12%, estima a indústria do setor. Entre as substâncias, estão medicamentos de uso contínuo, como para o câncer e hipertensão.

Com a isenção, pessoas como o contador Adenir José, 56 anos, serão beneficiadas. Usando diariamente dois medicamentos, um para pressão arterial e outro para controle da glicose, Adenir espera que haja economia com a medida.

“Tem remédio que é muito caro e muitas pessoas não conseguem comprar. É precisa abaixar o preço para poder adquirir. E remédio a gente não escolhe, tem que ser aquele e acabou”, disse.

Adenir José%2C de 56 anos%2C diz que é preciso reduzir o valor dos remédios para conseguir comprá-losHélio Almeida / Agência O Dia

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu no último dia 21 mais 174 medicamentos que terão preço máximo reduzido. No entanto, Adenir José ainda não encontrou remédio mais barato, mesmo tendo a substância de seu medicamento para a pressão incluída na lista.

“Já fui em algumas farmácias, mas os valores ainda são os mesmos. Minha sorte é que tenho um benefício, que me dá descontos em farmácias”, conta.

Enquanto todos os estabelecimentos não reduzem o preço dos medicamentos, algumas farmácias recorrem aos descontos nos produtos. Na rede de drogarias Max, na Lapa, o anti-hipertensivo Enaprotec 10mg custava, na primeira semana de junho, R$ 27, e hoje já se encontra por R$ 13,42. Na rede Cityfarma, também no Centro, o Loceryl (contra fungos) estava R$140 em junho e reduziu para R$ 85,75.

A lista com imposto zerado representa 75,4% dos medicamentos comercializados em todo o país, segundo dados do Ministério da Saúde. Os critérios pelo ministério para escolher as substâncias com isenção levam em conta as patologias crônicas e degenerativas, os programas do governo e informações técnicas.

Você pode gostar