Por felipe.martins

Rio - A atividade da indústria brasileira voltou a mostrar expansão em agosto após quatro meses de contração, favorecida pelo aumento da produção com o fim da Copa do Mundo e pela atividade de compras. Os dados são do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado ontem.

Em agosto, o PMI da indústria apurado pelo Markit subiu a 50,2 contra 49,1 em julho, voltando a ficar acima da marca de 50 que separa crescimento de contração pela primeira vez desde março. “O índice sugere que a atividade melhorou modestamente em agosto, no que pode ter sido uma recuperação após os impactos provocados pela Copa do Mundo”, informou o economista-chefe do HSBC André Lóes.

Os PMIs em junho e julho mostraram que o Mundial afetou a atividade industrial. Mas com a conclusão do competição, o setor aumentou a produção em agosto, bem como garantiu assinatura de novos acordos comerciais, segundo o Markit.

O maior aumento da produção foi registrado pelo subsetor de bens intermediários, enquanto a indústria de bens de capital teve ligeira queda. Por sua vez, a atividade de compra cresceu pelo segundo mês seguido. Todas as categorias registraram alta, sendo a mais forte entre os produtores de bens de investimento.

Embora o resultado geral tenha interrompido quatro meses seguidos de queda, Lóes destacou que os novos pedidos ficaram estáveis em relação ao mês anterior, sugerindo que “o cenário para o setor permanece fraco”. O PMI indicou recuo na força de trabalho, com as empresas apontando a ausência de demanda como causa, após modesta criação de vagas em julho. “No entanto, a taxa de cortes foi fracionária, de um modo geral, com mais de 99%dos entrevistados relatando ausência de mudanças nos números de funcionários”, informou o relatório.

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