Rio - A comparação dos aumentos reais — acima da inflação — dos funcionários públicos em relação a todos os trabalhadores do setor privado do país revela que os servidores tiveram reajustes quase três vezes superiores ao da média dos funcionários celetistas, de 2,5%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativos ao período de 12 meses até agosto deste ano. A correção dos militares e dos servidores públicos foi de 7,1% ante 1,1% dos empregados com carteira assinada da área privada, de 1% dos informais e de 4,3% do pessoal autônomo.
De acordo com a pesquisa, o aumento real foi puxado principalmente pela renda dos militares e dos servidores estaduais, municipais e de seis regiões metropolitanas pesquisadas. Destaque para o ganho acima da inflação para os servidores do Rio de Janeiro, de 16,9%. Já a concessão de 5% de reajuste para os funcionários públicos do Executivo Federal, enquanto que a inflação no período foi de 6,5% impossibilitou melhores resultados para a classe.
Especialistas do IBGE apontaram que os militares e os servidores estatutários correspondem a 8% da população total no país. No Rio de Janeiro é de 10%. Portanto, proporcionalmente o estado já tem um peso maior.
Todas as regiões tiveram aumento real no salário, com exceção de Salvador e de Porto Alegre. Em Belo Horizonte, foi de 9,2%, em Recife, 2,8% e, em São Paulo, 2,5%, além dos 16,9% do Rio.